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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

* Abrindo ou escancarado o coração...



Como todos sabem,já em maio serão completados 3 anos que o Gordo,Anna e guris foram embora daqui de Poa, retornando pra Europa, após uma tentativa frustrada de morar por aqui novamente...

Não deu, a insegurança é algo que depois que se está fora dela, não se acostuma, ainda mais com um revólver na cabeça...

Como  puderam ler nos post  anteriores, semana passada, Franco , que está a trabalho por lá, teve oportunidade de passar o fim de semana com eles.

Foi tudo lindo, registradinho pra nós aqui.

Acompanhamos tudo daqui... a  ansiedade, os minutos da chegada, o encontro, finalmente, os passeios juntos, a alegria e até a despedida, a primeira delas por lá. 

Houve mais um novo encontro nesse final de semana  onde tudo foi revivido. Mandaram fotos lindas, alegres e que foram postadas aqui,que mesmo  de tão longe,estavamos tão perto deles...

Porém, depois...

Quando da despedida,há 3 anos, lembro muito bem, aqui em Poa,no aeroporto  fiz uma promessa pra mim mesma que nunca falaria na palavra saudade , deixaria assim...Sentiria, mas não a admitiria...Ficaria sufocada, quietinha...

Mas,algo estranho aconteceu com a véia caduca aqui...

Deu um tilt em mim e não faço outra coisa que estar com os olhos úmidos, molhados...e "aguando" sozinho a qualquer hora, ainda mais que tenho uma bela parceira , a Tita,que só de falar,começa também...

Ficamos sabendo que o Marco e Matteo estão felizes com o vovô por lá e que o Marco fica no telefone falando e contando tudo...

Pensar nisso, me faz ver e imaginar aqueles 4 por lá.

Uma família linda, unida, mas sós numa terra estranha.Crianças crescendo,nós ficando mais velhos...E o tempo, cruel, passando!!!

Por que foi me dar isso?

Por que me sinto assim?

Mas é assim que estou! Bolha,abobada  e chorona...

Parece que a ferida foi cutucada e mesmo sabendo que estão bem, que tudo por lá está maravilhoso, sabemos que será sempre assim...

Estranho é que nos comunicamos sempre por emails, telefone e até ver agora a alegria da união deles nesse reencontro por lá, estava tudo bem.

Eles tinham optado por morar fora e nós nada podíamos fazer. Mais ou menos assim: "o que não tem remédio, remediado está!"
Tranquilo.

Agora, de repente, mudou. Há sofrimento novo, há uma casquinha dessa ferida que sangra por baixo...e está doendo...
A essa hora, estamos por aqui,tristes,acompanhando,dessa vez mentalmente, tudo o que acontece por lá. Já chegou a hora da despedida final.

Assim,Gordo voltando pra sua casa num trem, Kiko indo para cidade do seu trabalho, onde fica por mais uma semana e nós aqui,sentindo juntos essa tristeza.

Que coisa isso! Não deveriam haver essas separações!

Mas é a vida! Os filhos não são nossos, os colocamos no mundo e dele eles são. Cada um com um calendário diferente...

Porém o que vai dentro do nosso peito é grande e,no momento, tanto no meu, quanto no da Tita,está doendo muito...

Vai passar,sabemos...

Ficam pra nós as fotos lindas e para Kiko e o Gordo e família, as recordações dos momentos passados juntos ...

10 comentários:

  1. Passei todo este tempo que o kikolino estava em Londres,praticamente sem computador...Além de estar com a casa lotada na praia estava sem a léo para cuidar do Santiago...Portanto passei bem longe dessas emoções todas...Acabei de ler tudo e ver todas as fotos...Os passeios bem legais,todo mundo bem feliz...até a chegada da despedida...Coitado do Pai e do Gordo...Minha nossa!!!Eu também fiquei demolida ao ver as fotos do último dia,aquela cara do Gordo chorando e o Kikolino arrasado dentro do trêm...
    Que coisa...
    Neca

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  2. Rejane, que emocionante, mas "saudade" e uma palavra que deveria ser banida do dicionario e prencipalmente de nossos coraçoes, mas nao tem jeito, ela existe, e as feridas voltarao a criar cascas novamente, mas e muita sacanagem mesmo sabendo que nossos filhos sao do mundo vivermos separados deles por causa de uma pais sem leis , onde os direitos humanos so protegem os bandidos, força amiga, beijos, Heloisa.

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  3. Chica,
    Entendi muito bem tudo que você disse, porque também sofro desse mal. Até me deu um arrepio ao ler esse seu post.
    O que fazer?
    Beijos.

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  4. Querida Tia Chica,
    Fico feliz pelo fato de a mãe não acessar esse teu blog, senãooooo... Era mais uma a molhar o teclado...
    Brincadeiras à parte, as despedidas doem muito mesmo, e às vezes a gente tem mesmo é que chorar!!! Não somos de ferro, mas de sentimentos!!! Eu também sinto um baita de um aperto no coração em ver o Gordo, os guris e a Anna, tão longe de nós aqui... Mas também devo dizer que isso faz com que valorizemos infinitamente mais cada minuto vivido na companhia dessas pessoas. Imagina para os parentes do tio Franco na Itália, o quanto não sofreram ao ter que conviver com a distância entre eles...
    A dor vai passar, vai voltar, e tu vai ter uma desculpa bem forte para visitar eles e aproveitar para conhecer novos lugares e novas sensações!!!
    Mas agora, bota tudo para fora!!! E guarda um baita sentimento de saudade para o maridão, que daqui a alguns dias volta...
    Um abraço bem apertado e gostoso,
    da sobrinha que te ama,
    Nana

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  5. Titinha!!!!
    Não fica triste!!! Guarda "dimdim" e vai dar uma alegria para todo mundo lá em Londres!!!
    Um beijão,
    Nana

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  6. Não fica assim a saudade é algo que vamos sempre sentir, mas tu poderá ver sempre, falar quando quiser e o mais importante sentir no coração o amor...paz.

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  7. Ai Chica,deve ser mesmo de doer ter filhos e netos tão longe!Não é a toa que fica triste,no seu lugar tb estaria me debulhando em lágrimas.Mas,como vc diz,passa porque a vida é essa,eles estão felizes por lá e o tempo ameniza a saudade.Bjs,

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  8. Pois é minha Chica! A gente não consegue arrancar esta saudade, distante estão dos nossos abraços, mas acolhidos com um amor incondicional em nosso coração... Vc está muito mais distante do q eu. As minhas estão só em Sampa e me sinto assim , também. Coração de mãe não tem jeito mesmo... Não adianta, quando bate esta saudade haja vontade de ver o arco-íris da vida! Bjs amiga querida, Mel

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  9. Por vezes somos forçados a aprender a conviver com a distância.
    Cadinho RoCo

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  10. Chica minha querida sei o que estás sentindo e ... como digo também criamos os filhos para o mundo .. mas essa saudade , essa ausência só o tempo acomoda. Entendo tudo o que passas e eles estão tão distantes e o meu está aqui no Rio mesmo, mas mora sózinho em Copacabana e eu moro em Jacarepaguá .... é um perto longe ... e como fico tanto tempo sem vê-lo, e aí ele aparece de repente, de surpresa então começa a chorar de alegria... e começa tudo de novo.

    Não tem jeito Chica sentimento de mãe é um amor sem fim.

    Beijos e um bom domingo

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✿ Que isso possa ter deixado uma marquinha,ainda que seja bem pequenina , no seu dia, alegrando-o! ✿